quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dia dificil.



Estou aqui revirando pensamentos e sentimentos.
Sempre tive a impressão que a vida era uma irmã mais velha e malvada comigo.
Não, eu não estou reclamando dela. Nem adiantaria se quisesse, pois meu pai e minha mãe (o desencanto e a solidão ), sempre me trataram um pouco como um enteado arteiro.
E confesso que muitas vezes até o fui...
Tudo na minha história até hoje foi miragem, imagens perfeitas que quando se chega perto se desfaz deixando a decepção do “quase”. E esse sentimento é o pior de tudo o que se pode sentir.
Não foram poucas vezes que eu adorei estar sofrendo fisicamente (por estar doente, por exemplo) para esquecer das dores da alma.
Sei que isso vai chocar algumas pessoas, mas não estou aqui atrás de aprovações. Então julgamentos não me farão diferença. Não percam tempo me colocando na balança.
Apesar de tudo isso, algo que trago na essência me empurra a acreditar...
Eu acredito no amor, no romantismo, que existe algo especial pra se deixar antes de morrer. Eu acredito em cada sorriso ou lagrima que já ví. Eu acredito...
Eu acredito até que sou um tolo por acreditar. Mas que o amor seja meu advogado diante de Deus...
Meu problema é a minha descrença em mim próprio.
Tenho a impressão que tudo o que é pra mim é só pra olhar, mas nunca tocar.
Se eu toco, desmancha... Some.
Trago ânsias escondidas, tal como um Rei Midas, que é capaz de transformar qualquer coisa num tesouro inestimável, mas sem nunca poder usufruir delas. Não são pra mim...
Talvez eu seja um mero espectador na vida.
Meu jardim parece não surtir encanto algum em borboletas.
Mas nisso, não quero acreditar.
Não posso passar pela vida somente provando derrotas.
Tenho que sonhar, preciso sonhar,
E tenho que ir atrás desses sonhos.
Não por teimosia ou ego,
É para saber porque vivi até hoje.


( Musica de hoje: João Alexandre - Sobre o Amor )

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