terça-feira, 20 de abril de 2010

Terça chuvosa.

Quando as conhecemos?
Já disse algumas vezes que nunca entenderia as mulheres.
- Precipitado devo admitir.
No fundo todas elas só querem ser amadas.
Poderiam passar cinco primaveras e cinco invernos, poderiam ter algo adormecido no peito, poderiam ter sido simplesmente grandes amigos, poderiam ter sido o nada. Assim, nenhum sonho, nenhum beijo roubado. Nenhum abraço apertado, nenhum momento guardado, nenhum plano traçado.
Sem segurar a mão. Sem sorrisos sinceros. Sem futuro, preso no presente vivendo no passado.
Mas não... Elas precisam e querem ser amadas.
Quando as conhecemos? Quando com seus vestidos azuis, ouvem musica enquanto preparam o almoço em uma tarde de outono ensolarada? Quando presenciamos suas vitórias e finalmente admiramos aquele sorriso sincero. Nato e tão dela...
Sorrisos que nasceram para esse fim. O de sorrir e me deixar inquieto de vontades.
Quando as conhecemos? Quando chamamos por amor e ouvimos um oi do outro lado?
As conhecemos depois de dividir a casa? A cama? Quando dividimos os sonhos da noite anterior pela manha enquanto acariciamos seu rosto? Quando embarcamos juntos rumo a um futuro próximo totalmente desconhecido e novo sem certezas? Quando as pernas enrolam-se por baixo dos lençóis? Quando nos contam seus medos? Seus erros? Quando nos revelam seus anseios? Quando nos mostramos por inteiro? Quando as conhecemos?
Quando as observamos dormir? Quando nos recebem com um abraço apertado depois de apenas algumas horas afastados? Quando somos apresentados a família? Quando saímos com suas mães e ouvimos sobre as peripécias da pequena na infância? Quando as desapontamos e somos perdoados?
Quando as conhecemos?
A resposta é:
Nunca por inteiro.
Mas temos uma vida inteira pela frente,
E as conhecemos um pouco mais cada dia que passa.

“Eu a vi antes mesmo de começarmos. Meu sonho, meu direito eterno e sagrado.”



( Musica de hoje: Joanna - Momentos )

Nenhum comentário:

Postar um comentário