segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Das loucuras.



Tenho ma loucura íntima que no fundo não deve ser exclusividade minha.
Tenho no mínimo outras 2 vidas imaginárias. Tudo como se fosse de verdade.
Não lembro ao certo quando isso começou, mas fazia muito tempo que eu não "visitava" essas vidas. Hoje passei algumas horas na que eu mais frequento e gosto.
É numa boa casa (mas simples) na minha propria cidade (um contrasenso). Sempre quando passo naquela avenida, mais ou menos na altura de onde estaria essa casa, fico olhando como se a fosse encontrar... É uma casa pêssego com 2 janelas dando pra frente num generoso gramado onde bem no centro há um canteiro redondo repleto de flores delicadas. E ao lado desse canteiro uma luminária francesa de uns 1,80 de altura.
Dentro da casa posso descrever cada cômodo, com todos os itens.
Dois quartos (onde um virou escritorio/sala de leitura), sala de jantar, outra de estar, banheiro, uma grande cozinha e uma tambem grande área de serviço nos fundos.
É engaçado como um lugar imaginário possa existir em mim com tantos detalhes. Sei até onde estão as ferramentas para alguns consertos que faço. - Estão numa caixa verde numa prateleira da parede dos fundos da área de serviço. (rs)
Passo quase todo meu tempo lá sozinho... Posso contar nos dedos as pessoas que já levei até lá. Todas especiais...
Uma vez assisti um filme chamado: "Meu Pai Uma Lição De Vida" (com Jack Lemmon e Ted Danson), onde Jack Lemmon é totalmente dependente da esposa, que de uma hora pra outra precisa ser hospitalazada e seu filho (Ted Danson) um workaholic de Wall Street precisa assumir as responsabilidades com o pai cada vez mais senil por uma doença neurológica.
Nesse filme existe uma cena (de uma consulta medica) em que o medico explica ao filho que o pai "criou" uma vida paralela totalmente diferente, e as vezes se refujia nela. E que ao contrário do que se pode pensar, a doença não tem nada a ver com isso, pois é necessária uma inteligência e sensiilidade absurda pra fazer isso.
Quando assisto essa cena tenho a plena certeza que TODOS (ditos normais ou ditos senis), constróem seus refúgios.

O meu é uma casa pêssego com uma caixa de ferramentas verde...


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