quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Hoje.
Adormeci a pensar em ti. E acordei com um desejo de estar... Contigo.
Quero esquecer o mundo e encontrar-me na tranquilidade de quem se dá só porque sim. Só. porque nem sempre é fácil decidir entre o querer e o dever. Só porque há desejos que pulsam em nós e não nos deixam descansar até os realizarmos.
Porque nos sentimos perdidos e dizemos que não, quando só queríamos esquecer a vida e dizer que sim. Deixando as horas e o mundo correrem devagar.
Quero ser livre contigo num momento qualquer, num lugar, sem pressa, sem medo. Deixar-me tentar, só porque tenho vontade de ti.
Queria que fôssemos capazes de viver e não apenas sonhar.
Chegar-me mais perto. Perder a vergonha e dizer-te sem pudor que quero fazer amor contigo. Agora.
Abraçar-te, encostar a minha boca à tua, procurar-te a língua. Embrenhar os meus dedos nos teus cabelos, tocar-te o rosto. Olhar-te. Sentir-te o pulsar do sexo, mil mãos em mim.
Docemente te sentir as nádegas, nos seios, nas coxas, a cintura, as costas, o ventre.
Despir-te vagarosamente, espalmar a língua em cada pedaço de ti, demorando-me nas curvas do teu corpo, viajando para o sul do teu ser.
Só porque o amor é grande, fazê-lo contigo, construindo-o.
Abocanhar-te o sexo, roçar os corpos, rasgar a pele. Por prazer. Por desejos contidos. Por vontade. A boca, a língua, a saliva mergulhada na carne do teu sexo entumescido, o teu sabor em mim. Ser êxtase, sufoco, delírio, suor e prazer. Deixar voar os desejos profanos, o tesão. Ser o verso e o reverso de ti. Puxar-te para mim, querendo-te num balanço como as ondas do mar, de arrepiar a pele e os sentidos.
Deslizar o corpo suado, molhado, colado ao teu. Sentar-te no teu regaço, descendo devagar. Procurar o centro de ti, enchendo as tuas mãos nas horas em que não se pode esperar.
Movimentos vagarosos ou vigorosos. O mel no ventre, nos seios. O orgasmo. A libertação. O descontrole. Os gemidos.
Os corpos cansados e entrelaçados, perdidos e achados no meio de lençóis. O descanso. A tranquilidade. O recomeçar.
Banhos temperados, perfumados, a cama mesmo ali, gritando os nossos nomes num silêncio quebrado pelos sons do prazer. E nós na pressa de quem não quer acabar.
Sentir que a vida, nem sempre se passa lá fora chamando por nós.
Muitas vezes ela está presa em quatro paredes, dentro de nós, enquanto uma espécie de amor encantado une as almas de quem se quer bem.
Enlouquecer numa loucura sã. Seguir a vontade e esquecer o resto do mundo.
Tornar a vontade superior à culpa sem pensar no depois. Pra nunca mais ouvir teu desejo gritar: “-Como queria ter-te aqui, agora... para sentir os teus dedos no lugar dos meus.”
Musica de hoje: "TRACY CHAPMAN - BABY CAN I HOLD YOU" ** TRADUÇÃO
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